Entrevista com GAbriel Vicente, ator do Músical: "Cartola o Musical. O Mundo é um Moinho"
Gabriel a arte surgiu na sua vida, de que maneira?

A arte se fez presente de modo muito natural e contínuo. Desenvolvi habilidades musicais desde muito pequeno. Cantava na igreja, sem saber porque, mas, os adultos insistiam para que eu repetisse aquilo. Eu era timido e nas primeiras vezes cantei virado para a parede. Tinha em torno de sete ou oito anos de idade. Segui como levita ( assim se chamam os integrantes das bandas de igrejas evangélicas ), e logo também ja tocava piano e me via cada vez mais imergido na música. Por meus próprios conceitos de bonito e feio, me ajustava e evoluia o maximo que podia.
Ainda no ensino fundamental, sentia falta de algo que me ocupasse e me desse alegria. As diciplinas fundamentais eram monotunas e eu lidava com muita facilidade; precisava de dinâmica. Fui a biblioteca e peguei o único livro com diálogos e ordens teatrais que havia na biblioteca, o infantil " O Fantasma da Mascara ". Minha escola era culturalmente desenvolvida e sabia que eu teria o apoio da minha diretora para a ideia de um grupo de teatro, visto que já faziamos circo, bumba-meu-boi, coral e tudo que envolvesse arte; e alí eu sempre estava. De fato ela me apoiou, e eu liderei um grupo de amigos.
Tardes de ensaios e brincadeiras; eu era lider rígido, mas era criança e então entre uma cena e outra, perdiamos o foco e brincavamos. Mas o trabalho saiu, e hoje lembro que saiu muito bem. Numa tarde juntei tecidos pretos, comprei velas e bombinhas numa casa religiosa haha. Eu era o protagonista, é claro; fariamos duas sessões por turno. Foi um sucesso e uma bagunça é claro, mas dalí nasceu um projeto de teatro estruturado, com sala apropriada, professor preparado e tudo mais. Fico feliz por me lembrar dessa história.
Depois vem muito estudo, dedicação e persistencia... o artista não para nunca.
Como expectador, qual sua peça de teatro preferida?
Sou fã de muitas montagens nacionais, mas, amo e veria semanalmente " Romeu e Julieta " do grupo Galpão de BH. É de um refinamento artístico, um carinho com cada detalhe, é uma delicia.
Gabriel Vicente, qual seu livro favorito?
Confesso minha desconcentração para leitura, perco o foco com muita facilidade. Meu livro predileto é " A Cabana ". Foi muito importante pra fase que eu vivia quando eu o li, o carinho será eterno pelo crescimento que tive com a obra.

O que gosta de fazer quando está de folga?
As folgas tem sido cada vez menos frequentes, já que na ausencia de trabalho na rua, sempre acabo tento ocupações e preocupações pessoais, com casa, familia e tudo que deixamos acumulado para uma suposta folga; resultado, acumulo. Quando realmente o dia é de folga, o que mais espero é um canto aconchegante, um copo de bebida gelada e uma vista tranquila, cercado de gente que amo,com papo descontraido e risada solta sem hora pra acabar.
Qual seu sonho, hoje em dia?
Meu melhor amigo uma vez me descreveu como um caçador de sonhos e colecionador de medos. Tenho muito dos dois, mas acho que meu maior sonho é de estruturar meus projetos profissionais e trabalhar do lado dos queridos artistas amigos talentosíssimos, que por vezes não trabalham por falta de oportunidade.
Gabriel, o que você espera para este segundo semestre de 2016?
2016 é um ano muito especial, é a saída, a solução dos problemas do pavaroso 2015. Desejo muita força pra seguir levantando minhas ideias, e vê-las sairem do papel.